Desejo hoje a ingenuidade
Não quero mais entender o que se passa
Não quero mais saber tanta desgraça
Não quero mais enxergar tamanho abuso
Hoje a lucidez senta-se pesada sobre os meus ombros...
Um menino descia o morro
Não se sabe se brincava
Não se sabe o que fazia
Sabe-se que era um menino
Levaram-no
Para onde?
Meu Deus, para onde?
Arrancaram-lhe a vida.
Desejo mais do que nunca a ingenuidade
Já não suporto ver o povo em filas intermináveis
Esperando por seus direitos
Já não suporto a festa dos canalhas
Esbanjando nosso tão suado dinheiro.
Corja de covardes
Hipócritas e assassinos.
Que a vida lhes seja pesada
É o que agora desejo!
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