segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Homem-Mundo e Mundo-Homem

Homem-mundo
E Mundo-Homem
Um no outro

É dentro!

Crescimento

É tempo!

Em Mundo
Crescer é transformar;
Em Homem
Crescer é destruir.

Mundo cresce com tudo dentro
Funcionando como tem de ser
Homem cresce com tudo fora
Cachola pondo mundo pra dentro...

Mãozinhas ligeiras a (des)funcionar o Mundo.

sábado, 15 de outubro de 2011

Sábado de chuva

Nada resta a fazer
Tudo cinza e molhado
Mas em cada gota no pára-brisa
Há algo de sublime que remete à vida
Resta viver o amor de viver,
O amor de Cada Dia.
Resta colecionar impressões sobre a cidade
Resta ser incompleta
Pois não é chegada a hora da plenitude
O que resta já é o bastante.

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Muita gente

Vez em quando
É matéria de curiosidade
Contar histórias e feitos
Dos grandes nomes da humanidade.
Mas há nomes que o mundo não conhece
E que são tão importantes
Quanto aqueles que são grandes
Melhor seria se "os nomes" não existissem...
Seríamos todos iguais.

Pior momento / Melhor escolha

Há dias em que não se sabe o que fazer
Em que as palavras desaparecem ou não conseguem se entender
A habilidade de construir frases simples
Fica comprometida

A melhor escolha é silenciar

Há dias em que se revive coisas
Impossíveis de evitar
E se não tem jeito...

A melhor escolha é aceitar

Há dias em que o nó no peito
Insiste em desatar
E a melhor escolha por incrível que pareça
É deixar a primeira lágrima rolar.

terça-feira, 11 de outubro de 2011

Hoje não tem manhã de sol

Hoje não tem alegria
Não tem manhã de sol
Um vento frio soprou forte
E deixou a Terra mais triste

Hoje não tem história pra contar
Hoje não tem riso
Não tem sabedoria popular

Com será para os que estão por vir?
Como será?

domingo, 9 de outubro de 2011

Na barriga da miséria

Escapa do ventre de uma Mãe Gentil
Um menino subnutrido
Chamado Brasil!
Nascido antes do tempo
O estômago a roncar
Nas tetas secas da miséria irá mamar
E sua fome não vai cessar...

Esse menino será testemunha
Da pobreza e da privação
E desde de cedo lhe escapará a solução
De marginal levará alcunha
Tão logo irá se conformar
Sua mãe desnaturada não o irá educar...
 -Deixe que a vida eduque!
Seu nome é Brasil
Saberá se virar

Onde é que isso vai parar?

sábado, 8 de outubro de 2011

Malandro

Malandro era o sujeito
Que dava nó em pingo d'água
Que arranjava um jeito
Se virava
Que fosse vadiagem
Ou até patifaria
Tinha lá sua poesia
E reagia
Mas um samba doido começou
Um samba que o malandro não conhecia
Um novo ritmo
Uma outra melodia
Se ESTABELECIA
E então...
Os tempos mudaram
O malandro se afogou no mar
E nas praias do Brasil
Os corruptos proliferaram