sábado, 26 de novembro de 2011

Veneno essencial

Passou
Voltou
Não volta igual
Volta em memória
Lembrança visceral

Bateu
Doeu
Não é dor que dilacera
É dor que faz crescer
É dor para fortalecer

Antítese de sentimento
Veneno essencial.

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Onde foi parar a poesia?

Onde foi parar a inspiração
Desse mundo de meu deus?
Foi parar em um buraco?
Numa sola de sapato?
Onde foi que a poesia se perdeu?
Na contradição de uma esquina?
No lodo da latrina?
Ou já não causa mais inspiração
As cores de crepúsculo
O verde das copas de árvore
As formigas "trabalhedeiras"
O vento que acaricia a face
O sorriso honesto da criança
Limpa ou suja é criança do mesmo jeito.
Neste mundo tão brutal
Uma enxurrada levou a poesia
Não a poesia do papel
Nem a poesia virtual
Levou a poesia de viver
Levou a poesia natural
Arrastou para o esgoto
A poesia do igual.

Não diz respeito

Se
não
diz
respeito
É
des
respeito
Cada
Um
Sabe
O que
tem
dentro
do
Peito
Se
Coração
Alheio
É terra
Que ninguém
Vai
Advinhação
É vaidade
De coração adoentado.

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Maria

Maria é mulher de verdade
Sente medo, mas enfrenta
Enfraquece e renasce...
Maria é mulher de fibra
Vida longa de labuta,
Pôs no mundo muita vida!
Maria é mulher que sabe
Sabe muito dessa vida;
Mulher de fé
Não precisa ver e acredita;
Maria é mulher honesta
Corajosa e carinhosa.
Mexe e vira
Reconheço Maria em mim
E tenho orgulho
Tenho orgulho de Maria.

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Hoje

O agora é uma dádiva
Que vem de dentro
Vem de dentro
O passado se divide
Em entulhos e relíquias
Jogar fora?
Será que é isso?
O olhar para dentro responde
Machuca e cura
Oprime para elevar
O amanhã é incerto
Mas é um desejo.

quinta-feira, 3 de novembro de 2011