sexta-feira, 28 de setembro de 2012

Na criação de um devaneio

No instante de um devaneio;
Em luz ofuscante
Explode a saudade de um tempo que não vivi,
Mas que está em mim
Meus olhos cegam para o mundo lá fora
E a lucidez do interior redireciona meu olhar
Vejo as nuances desse tempo,
Ouço seus sons naturais.
Iludo-me com a silhueta de uma mulher
Em longas e volumosas vestes
A ler um livro antigo sob a luz de um candeeiro,
Sinto a paz desse tempo
(Sabe-se lá se de pouca ou muita consciência)
Mas de modesta civilização,

Sabe Deus,
Aquele contrário aos prazeres,
Que as boas ilusões são de pouca duração
E ao levantar-me da cama vou até a janela...

Roncar de motores, luzes acesas, desorientação.

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