sábado, 6 de abril de 2013

Desencadeou-se

Nada. É essa a palavra que melhor define: nada.
Antes era. Um dia esteve. Há muito tempo foi. Agora, nada. Amanhã será?
Esse tempo de crescer. Constante. Não há caminho para desviar. E crescer talvez não seja o verbo. Não representa a ação do que eu não vejo. É outra coisa, que não se toca, não se sabe o tamanho, o volume, a cor, o som. E está dentro, coberto pela casca.
A casa era boa, eles sabiam disso. A vida confortável, disso também sabiam, mas escolheram o ciclo, escolheram girar, um por força do outro. Os dois assim, cronicamente.

Desencadeou-se...

Mas tudo volta, não é? Trasmudado, diferente, novos rostos, lugares, experimentações. Não é o passado que volta. Fantasmas não existem. O esquecimento sim. Quando o querer acaba.
Acabou, e nada é tudo agora.

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