quarta-feira, 20 de março de 2013

Função emotiva barata

Decidi falar. Não sabia o que, não sabia por que, nem para que. Cheguei lá. E comecei. As palavras saindo...em fluxo. A caixa se abriu. Caminho circular... repetidos... cinquenta minutos... e a etapa do silêncio.
Quando a noite chegou, o cansaço venceu a batalha, sonhei. Não lembro de tudo. Algo/Alguém mencionava uma criança. A que eu fui? A que eu quis ser? A que eu estou criando em mim? Onde ela está? Não. Não está onde deveria.
Esse meu mundo, dentro-fora, distorcido. Essa minha voz muda-estridente, nada diz, senão o óbvio?
Aqui, nessa tela, onde esboço esses dizeres, calados, o tempo não existe. O momento de mim, comigo, e tudo o mais que me cerca, que me preenche e esvazia. O gosto por pronomes emotivos, os laços com o Romantismo. Talvez eu precise de um crítico ortodoxo para exorcizar essa leitura barata que fiz de Álvares de Azevedo em algum momento do passado, e que persiste em aparecer em minhas combinações de palavras.

- Saia dessa malha que procura pertencimento!

Não marcarei o retorno. Aparecerei um dia desses.

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